A 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região condenou nesta quinta-feira (28) os ex-deputados do MDB Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Picciani foi condenado a 21 anos de prisão, Melo a 12 anos e cinco meses e Albertassi a 13 anos e quatro meses. O julgamento foi unânime.
Os três foram presos na operação "antiga cadeia", desdobrada pela "lava do jato", acusada de integrar um esquema liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral e de garantir vantagens para a Fetranspor e para a Odebrecht na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) .
O tribunal manteve as prisões preventivas aos parlamentares e Jorge Picciani continuará em prisão domiciliar. Os magistrados seguiram o voto do relator, o juiz Abel Gomes, e também aceitaram o pedido do revisor, Juiz Messod Azulay, para que fossem declarados inelegíveis por oito anos. A informação é do jornal O Globo.
No mesmo dia, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do RJ, condenou o empresário Jacob Barata; o filho de Picciani, Felipe Picciani; e mais 10 pessoas por crimes na mesma operação "antiga cadeia".
Queixa
A operação previa o pagamento de subornos por empresários ligados à Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), entidade que reúne empresas de ônibus do estado do Rio de Janeiro.
De acordo com Reclamação do MPFPicciani recebeu os valores por ordem do empresário do ramo de ônibus José Carlos Lavouras, que atuou em nome dos demais acusados da Fetranspor: Jacob Barata Filho, Lélis Teixeira e Marcelo Traça.