A partir da apresentação da audiência pública convocada pelo Ministro Cármen Lúcia para apoiar a análise do Acordo de Não Conformidade com Preceitos Fundamentais (ADPF) 614, os representantes do Poder Executivo apresentaram seus pontos no Decreto Presidencial 9.919 / 2019, que altera a estrutura do Conselho Superior de Cinema.
O Secretário Executivo da Casa Civil da Presidência da República e o Conselho Superior de Cinema, José Vicente Santini, argumentou que a retirada do Conselho Nacional de Cinema da estrutura da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e sua inserção no a estrutura administrativa da Casa Civil foi restabelecida. o modelo de organização administrativa concebido na criação do colegiado. Segundo Santini, a transferência demonstra a importância da indústria cinematográfica para o governo. “Os assuntos mais importantes da República estão na Casa Civil. Se o Conselho retornou à Casa Civil, onde foi originalmente criada, é porque é uma prioridade ”, afirmou. Segundo Santini, a Presidência da República tem maior capacidade orçamentária do que outros ministérios para realizar políticas públicas voltadas ao setor. "Refiro-me aqui ao compromisso da Casa Civil com a democracia, a liberdade de expressão e a promoção das artes", concluiu.
Em nome da Secretaria do Audiovisual, vinculada ao Ministério da Cidadania, Ricardo Fadel Rihan ressaltou que, no passado, havia um processo de hipertrofia Ancine. O atual governo, segundo ele, busca restaurar a governança devolvendo o Conselho à Casa Civil e o papel da formulação de políticas públicas para a Secretaria do Audiovisual. O secretário também argumentou que o processo de aplicação do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), apesar de seguir as diretrizes do governo, não representa nenhuma restrição à liberdade de expressão. "As solicitações são aprovadas em um colegiado composto por representantes do governo e da sociedade civil especialistas em audiovisual", afirmou.
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