Covid-19: ministro determina divulgação do cronograma de vacinação informado pelo Ministério da Saúde

Relator divulga íntegra do voto em ADI que discute redução tributária para agrotóxicos
3 de novembro de 2020
Nota do gabinete do ministro Alexandre de Moraes
15 de janeiro de 2021
Exibir tudo

O ministro Ricardo Lewandowski determinou a ampla divulgação do provável esquema de vacinação contra a Covid-19 apresentado pelo Ministério da Saúde nos autos da Declaração de Cumprimento de Preceitos Fundamentais (ADPF) 756. Segundo o órgão governamental, a imunização de toda a população deve ocorrer em 16 meses, se houver vacinas disponíveis.

Grupos prioritários

De acordo com o documento enviado pelo Ministério da Saúde, o público-alvo da vacinação foi dividido em quatro grupos prioritários e a população em geral. A vacinação de cada grupo prioritário terá duração de 30 dias, podendo ser iniciada cinco dias após a disponibilização dos imunizantes em território nacional. Após esses quatro meses, terá início a vacinação da população em geral, com tempo estimado de conclusão em mais 12 meses, dependendo da quantidade de vacinas disponíveis.

Ainda de acordo com o calendário apresentado, a primeira fase da vacinação visa incluir profissionais de saúde (5.886.718 pessoas), idosos com 75 anos ou mais (7.747.085), idosos com 60 anos ou mais e a população indígena (410.348), no total aproximadamente 14.044.151. pessoas. A segunda fase cobre pessoas de 60 a 74 anos (21.347.960 pessoas), e a terceira cobre pessoas com comorbidades (diabetes mellitus, hipertensão, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, transplantes de órgãos sólidos, anemia falciforme, câncer e obesidade grave), totalizando aproximadamente 12.661.921 pessoas. E a quarta fase contará com professores (2.344.373 pessoas), seguranças e socorristas (850.496 pessoas) e funcionários do sistema prisional (144.451). Cada indivíduo precisará de duas doses da vacina para ser protegido.

O Ministério da Saúde destaca que, até o momento, não existe vacina para uso imediato no mercado brasileiro e que a incorporação de imunizante contra o novo coronavírus no Calendário Nacional de Vacinação dependerá de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em processo regular ou emergencial. A agência observa que atualmente existem quatro vacinas no país em fase III de testes (AstraZeneca, Jansen, Sinovac e Pfizer) e, até o momento, nenhuma delas solicitou registro de emergência.

Açao

A ADPF 756 foi movida pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Socialista Brasileiro (PSB) e da Cidadania. Eles exigem que o Presidente da República, Jair Bolsonaro, seja obrigado a adotar todos os procedimentos administrativos necessários para que a União possa, com a necessária segurança científica, técnica e administrativa, providenciar a aquisição de vacinas e medicamentos aprovados pela Anvisa , sem quaisquer “avaliações estranhas e contrárias aos parâmetros e princípios constitucionais”.

Além da ADPF 756, o Ministro Lewandowski também é relator das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 6586 e 6587, que estão na ordem do dia da sessão plenária de amanhã (16), e da ADPF 754.

Leia ocronograma apresentado pelo Ministério da Saúde.

Leia oa decisão do ministro Ricardo Lewandowski.

Leia opetição da Procuradoria-Geral da República.

ler

PR / CR // CF

Consulte Mais informação:

10/11/2020 –A Anvisa deve informar, em até 48 horas, a motivação para a suspensão dos testes CoronaVac

23/10/2020 –Cinco partidos demandam STF para que Presidente da República seja obrigado a adquirir vacina contra Covid-19

.

Deixe um comentário