Presidente da Câmara aponta orçamento impositivo como uma das soluções para questão ambiental

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse na manhã desta segunda-feira (21), em audiência pública convocada para discutir o funcionamento do Fundo Nacional para as Mudanças do Clima (Fundo do Clima), que o imponente orçamento aprovado no ano passado passou por do Congresso Nacional, pode ter uma “contribuição decisiva” para garantir a implementação de políticas públicas na área ambiental.

Segundo Maia, os recursos do Fundo Clima não eram contingentes em 2019, mas, na realidade, simplesmente não foram executados. “A partir deste ano, isso não é apenas inaceitável, é inconstitucional. Espero que o STF, com base neste grande trabalho de reflexão, possa contribuir para a construção de soluções para este estado de coisas inconstitucional, que afeta as políticas de proteção ambiental do país ”, afirmou.

Ele informou que o Fundo Clima tem uma dotação de cerca de R $ 359 milhões por ano desde sua criação. Em 2020, o valor destinado ao fundo, segundo ele, foi de R $ 239 milhões, cerca de 67% da média histórica. Em 2019, o valor também era médio, mas, segundo o parlamentar, a execução efetiva dos recursos foi próxima de zero.

Segundo Maia, com a aprovação do orçamento impositivo, é chegado o momento de criar meios de fiscalização e controle para impor ao agente público negligente a responsabilidade de frustrar a aplicação de recursos destinados pelo Poder Legislativo às políticas públicas de concretização. direitos fundamentais. Ele acrescentou que, para a Câmara dos Deputados, o compromisso com um meio ambiente saudável não faz parte de uma disputa política. “Esse compromisso foi firmado pelos constituintes há mais de 30 anos. É um dever incontornável de todos os agentes públicos ”, concluiu.

A audiência pública foi convocada pelo ministro Luís Roberto Barroso, no âmbito da Declaração de Fracasso de Preceito Fundamental (ADPF) 708, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido do Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido dos Trabalhadores (PT) e Rede de Sustentabilidade.

RR / EH

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