O ex-presidente Michel Temer (MDB-SP) foi responsabilizado por corrupção passiva no caso em que seu amigo e ex-assessor Rodrigo Rocha Loures foi flagrado com uma mala de dinheiro da JBS. A decisão é da 15ª Vara Federal de Brasília, informa o blog do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo.
A denúncia foi feita em 2017, quando Temer foi presidente. Na época, a Câmara bloqueou a denúncia contra o político. Com o fim da prerrogativa do foro, o caso foi para o tribunal de primeira instância, onde foi tratado em uma corte de sigilo, após o promotor Carlos Henrique Martins Lima ter ratificado a acusação.
Segundo a agência, os benefícios pagos ao ex-presidente podem chegar a R $ 38 milhões em 9 meses. A denúncia afirma que Rocha Loures atuou em nome de Temer para interceder na diretoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em benefício da JBS. De acordo com os promotores da J & F no processo, uma pensão mensal de R $ 500 mil por 20 anos foi prometida aos dois réus.
Dread foi preso em 21 de março, com base na cerimônia de premiação de José Antunes Sobrinho, sócio da Engevix, em outro processo que investiga o pagamento de R $ 1,1 milhão de suborno a políticos em troca de um contrato para a construção da usina nuclear Angra 3.
Quatro dias depois, na segunda-feira (25 de março), o juiz Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, concedido Habeas Corpus ao ex-presidente Michel Temer sob o argumento de que "não há justificativa para o artigo 312 do Código de Processo Penal para segregação preventiva".